Se o paulistano está insatisfeito imagine o baiano?
Uma pesquisa dos Indicadores de Referência de Bem-Estar do município (IRBEM), encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo ao Ibope, revela que a proteção oferecida à infância e à adolescência está entre os aspectos com maior piora nos índices de de satisfação. Numa escala de 1 a 10, a nota, que já era baixa em 2010, caiu de 4,8 para 4,3 no último ano. Entre os aspectos com menor nível de satisfação em 2011 está a transparência e a participação política (honestidade dos governantes) com nota 2,3 e a desigualdade social com 3,8. A desigualdade fica explícita em quesitos como cultura e esporte : 44 distritos aparecem sem nenhum livro infantojuvenil por habitante para a faixa de 7 a 14 anos e 55 distritos não possuem equipamentos esportivos.
A Vila Andrade (subprefeitura de Campo Limpo) apresenta um dos piores índices de habitação, com 94,05% de domicílios na favela. Em Marilac (extremo sul de São Paulo), 20% dos bebês são filhos de mães com menos de 19 anos.
Os paulistanos também estão bastante preocupados com a segurança de seus filhos e familiares, com índice de satisfação caindo de 5,1 para 4,6. O estudo revela que 89% da população se sente pouco ou nada seguro em São Paulo, apresentando medo da violência e do tráfico de drogas.
De forma geral, a satisfação com a qualidade de vida em São Paulo se mantém abaixo da média em 75% dos 169 aspectos analisados.
A pesquisa aponta ainda uma queda de 47% para 42% no número de paulistanos que acredita que a qualidade de vida em São Paulo tem melhorado. Seis em cada dez paulistanos afirmam que sairiam da cidade se pudessem.
Fonte: Childhood Brasil
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