A cada grupo de dez estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 22 e 23 de outubro, oito deles (80%) são da rede pública de ensino e dois da rede particular. O exame reúne 5,4 milhões de inscritos em todo o País, entre os quais 441 mil são da Bahia – o terceiro Estado em número de inscritos.
Entre os estudantes o fato reflete as limitações do exame para quem é da rede privada e as diferentes possibilidades à disposição dos que estudam na rede pública. Andressa Conceição, 18 anos, estuda o terceiro ano do nível médio no Colégio Deputado Manuel Novaes, no Canela, e está se preparando para o Enem.
Para realizar o sonho de ser analista de sistema, a estudante conta que passa seis horas do dia estudando em casa. “Com uma nota boa, posso tentar uma bolsa pelo ProuUni (Programa Universidade Para Todos) e tem o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) também”, comenta.
O sonho de Glória Cazumbá, 18 anos, é ser atriz, mas como estuda em escola pública, se não passar no vestibular para a graduação em artes cênicas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), pretende utilizar a nota do Enem para pleitear uma bolsa de estudo entre as instituições de ensino superiores particulares.
“O Enem não é interessante para o aluno da escola particular. Nosso foco é a Ufba”, comenta Ana Carolina Mendes, 17 anos, estudante do terceiro ano do Colégio Vilas, no Imbuí. Ela relata que fará a prova, mas que não se dedica ao exame, como faz com a prova da federal. “ A Ufba só aceita o Enem nos BI (Bacharelados Interdisciplinares) e não temos interesse. O Sisu ainda é bem limitado aqui na Bahia”, justifica.
Fonte: A Tarde
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