O assunto é polêmico. Algumas pessoas são contra a escolha do sexo e acreditam que tudo deve acontecer da forma mais natural possível. Já outras, fazem de tudo para escolherem se terão um menininho ou uma menininha. Os métodos citados vão desde a posição na hora da transa até a data em que ocorre a fecundação. Mas será que isso influencia realmente?
Segundo a ginecologista especialista em reprodução humana Rosane Rodrigues, existem vários métodos artesanais para aumentar a chance de escolher o sexo do bebê, como alimentação, posições sexuais e fases da lua. “Na verdade o único desses métodos que tem um certo embasamento científico está relacionado ao período no qual o casal tem relação sexual. Tecnicamente, o espermatozóide que carrega o cromossomo feminino (X) é mais resistente, mais lento e molecularmente mais pesado que o cromossomo masculino (y). Assim, tendo relação sexual antes da ovulação, você aumenta a probabilidade de ter uma menina (o espermatozóide esperaria pacientemente pelo óvulo por vir); ou, tendo relação imediatamente após a ovulação, os meninos chegariam mais rápido e sua chance de ter um filho homem aumenta”, afirma.
Algumas mulheres afirmam ter escolhido o sexo de seus filhos. Uma delas é a apresentadora Angélica. Mãe de dois meninos, ela sonhava ter uma menina e revelou em uma entrevista na TV ter tentado de tudo. “Mas o que deu certo mesmo foi transar dois dias antes da ovulação”, disse. Sua filha Eva nasceu em setembro deste ano.
A ginecologista faz questão de esclarecer que tudo isso são probabilidades. A única forma 100% segura de escolher o sexo do bebê é através de Reprodução Assistida. “Na Fertilização in vitro, procedemos a biópsia dos embriões formados e, no terceiro dia de desenvolvimento, fazemos a sexagem e só transferimos embriões do sexo desejado”, explica. Esse procedimento se chama Diagnóstico Pré-Implantacional (PGD) e, eticamente, é muito discutível. No Brasil, a Resolução do Conselho Federal de Medicina é terminantemente contra. “Realizamos a sexagem dos embriões somente naqueles casos no qual existe indicação absoluta, tal como em doenças hereditárias ligadas ao sexo”, diz a médica.
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