sábado, 9 de julho de 2011

‘Faria tudo de novo’, diz mãe arrastada por carro para salvar filha

REDE BAHIA | G1
Mãe impediu que a filha fosse levada por assaltantes na cidade de Pojuca. Os três suspeitos foram presos e disseram que a ação não era sequestro.
O amor de uma mãe pela filha evitou um crime em Pojuca, a 77 km de Salvador. Ao perceber que criminosos tentavam levar a filha, a mulher lutou com os bandidos e ainda foi arrastada pelo carro em que eles estavam por mais de 50 metros. Depois de tanto sofrimento, um final feliz: a mulher conseguiu salvar a filha.
Na noite da última quarta-feira (6), a mulher estava na porta de casa com a filha conversando com uma vizinha, quando três homens chegaram e anunciaram um assalto. A menina, de 10 anos, foi puxada para dentro do carro.


Foi quando a mãe dela, Keli Aparecida Vicente, de 28 anos, avançou em um dos assaltantes. “Ele grudou no braço e nos cabelos dela e no momento em que vi isso fui para cima dele”, conta Keli.  “Ele grudou em mim, se jogou para dentro do carro e eu caí junto com ele. O motorista saiu arrastando. Quando ele viu a viatura, disse ‘solta ela’, aí ele me jogou”, relata a mãe que está com ferimentos nas pernas e pés.
Para ela, o importante é que a filha foi salva. “Pela minha filha eu dava minha vida, faria tudo novamente. Graças a Deus não aconteceu nada comigo, eu estou bem, minha filha está salva, mas podia ter sido o contrário. Eles podiam ter levado a minha filha e eu podia estar morta uma hora dessas”, finaliza Keli.
Os três suspeitos foram encontrados pela polícia em São Sebastião do Passé, cidade vizinha à Pojuca, logo depois da ação. Eles estão presos na cidade onde o crime aconteceu e disseram à polícia que a intenção não era sequestrar a menina e sim fazer um assalto. “Nós sabemos que eles são de Catu e, durante essa semana, nós iremos pedir a prisão preventiva deles diante da periculosidade que eles representam para a sociedade. A gente se solidarizou pela ação dela, apesar de ser perigosa, mas a gente entende que mãe nesse momento torna-se defensora de seus filhos”, afirma o delegado Geovane Paranhos, que investiga o caso.

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