Crianças estão ingerindo mais calorias hoje do que há 30 anos

Uma das razões é o fato de elas estarem comendo mais fora de casa

As crianças de hoje estão comendo cerca de 179 calorias por dia a mais do que as crianças de 30 anos atrás, afirma o estudo desenvolvido na Universidade da Carolina do Norte, EUA. 

Os pesquisadores acreditam que isso tenha acontecido porque as crianças passaram a comer mais fora de casa, como em redes de fast food, além da maior quantidade habitual de calorias ingeridas dentro de casa. A maior ingestão de alimentos congelados também contribui para o aumento das calorias. Esse é o primeiro estudo que avaliou não só a quantidade de alimentos ingeridos pelas crianças, mas em quais locais eles são consumidos. As descobertas podem ajudar os pais a reduzir a ingestão de calorias de seus filhos, diminuindo, assim, os índices de obesidadeque triplicaram nas últimas três décadas. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 15% das crianças e adolescentes estão acima do peso.

Além de ter o prato repleto de verduras e legumes, um outro estudo, feito pela Universidade Harokopio, na Grécia, mostra que ter mais refeições em família pode ser o segredo para prevenir a obesidade infantil, de acordo com estudo Segundo os especialistas, a análise de mais de mil crianças mostrou que aquelas que comiam à mesa com os pais e consumiam mais vegetais eram mais saudáveis do que as crianças que não tinham esses hábitos alimentares.

O estudo recentemente publicado no Journal of Pediatrics contou com a análise de dados de crianças com idades entre nove e treze anos. Assim, os pesquisadores puderam observar que as famílias que normalmente preparavam o almoço e o jantar - ao invés de investirem em lanches nessas refeições - eram mais propensas a terem maior ingestão de vegetais e de terem seus filhos à mesa durante as refeições. E esse padrão alimentar foi associado à crianças com um menor índice de massa corporal (medida do peso em relação à altura), menor circunferência da cintura e menos gordura corporal. Os outros quatro padrões identificados foram: "alimentação desregrada, consumo de fast food e alimentos açucarados e estilo de vida sedentário"; "alimentação rica em fibras"; "café da manhã constante", e "exercícios físicos, consumo de frutas e vegetais". Porém, esses padrões não tiveram efeitos positivos nesse sentido.

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De acordo com os pesquisadores, ainda não está claro porque apenas o padrão "refeições familiares/ vegetais" foi associado a um menor peso das crianças. Entretanto, eles destacam que os hábitos de se ter refeições em família e de cozinhar pode significar que as crianças tenham maior adesão à tradicional dieta mediterrânea - rica em vegetais, azeite de oliva, grãos integrais e peixes. Apesar de as crianças do estudo terem sido avaliadas uma única vez, os pesquisadores destacam que esse padrão alimentar pode ser uma "potencial abordagem preventiva" para combater a obesidade infantil.

Fonte: R7