sábado, 13 de outubro de 2012

Registros em curso a distância sobem 58%

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As matrículas em cursos de educação a distância aumentaram 58% no Brasil entre 2010 e 2011, ultrapassando a marca de 3,5 milhões de registros. O número consta do Censo de Educação a Distância 2011, lançado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) e pela empresa de soluções educacionais Pearson Brasil. A Abed, contudo, afirma que o crescimento poderia ser ainda maior se a penetração da internet no país fosse superior. O Censo de EAD 2011 também chama a atenção pela supremacia dos cursos livres em relação aos corporativos e aos autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), como as modalidades de graduação e técnica. A tendência não havia sido verificada nas pesquisas anteriores. Os cursos livres registraram aumento de quase quatro vezes no número de matrículas, passando a responder por 77% do total. Para o presidente da Abed e fundador da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP), Fredric Litto, esses cursos prosperam porque não precisam seguir regras de controle do MEC, o que os torna mais inovadores, dinâmicos e, por consequência, atrativos.
Nessa modalidade, encaixam-se, por exemplo, cursos de língua estrangeira e história da arte. Outra razão para o sucesso dessa modalidade seria o reconhecimento, pela sociedade, de que parte das profissões não exige para seu exercício uma graduação formal. "Você precisa de conhecimento e inteligência, mas o diploma universitário não é absolutamente fundamental a todos", afirma Litto.
Apesar do interesse crescente por cursos a distância, nem todos os brasileiros levam a tarefa até o fim. A evasão entre os cursos corporativos cresceu nada menos do que 163%. Entre os cursos autorizados e livres, a evolução da evasão foi menor: 10% e 5,8%, respectivamente.
O presidente da Abed defende que a motivação e a disciplina entre os estudantes do EAD já superam as registradas entre os alunos de cursos presenciais. A idade média daqueles é de 30 anos. "Em geral, são pessoas casadas, com filhos e que precisam avançar na carreira. Elas precisam ganhar dinheiro", diz.
Para Litto, a tendência de crescimento da EAD deve se confirmar nos próximos censos do setor. "As pessoas querem conhecimento, mas também desejam escolher de que forma, onde, quando e como adquiri-lo. Nesse sentido, o ensino presencial é muito limitado", diz.

Fonte; Yahoo

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