A polícia de Cruz das Almas, cidade distante cerca de 140 km de Salvador, investiga uma babá suspeita de maltratar um bebê de um ano e três meses. De acordo com a polícia, câmeras instaladas pelos pais da criança flagraram a babá batendo no menino e até bebendo o leite da criança. A babá Gilda Santos Santana, 26 anos, trabalhava há dois meses em Cruz das Almas, na casa da mãe da criança, que não quer ser identificada. A criança ficava a maior parte do tempo com a babá que inclusive dormia no emprego e não sabia que estava sendo filmada o tempo todo por quatro câmeras instaladas no interior da residência. A mãe resolveu verificar as imagens depois de notar a mudança de comportamento da criança. O bebê passou a apresentar sinais de irritação e agressividade. Chorava com frequência, não dormia, nem se alimentava direito. “Quando eu chegava em casa, demais querendo ficar grudado em mim. Na alimentação do almoço, ele não queria mais sentar na cadeirinha de alimentação. No carrinho, não havia meios dele sentar ”, relatou a mãe do bebê.
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A polícia ainda está analisando as imagens, que foram gravadas nos dias 6 e 7 de outubro, e mostram a babá sacudindo e jogando bruscamente o bebê no carrinho. Ela ainda ameaça bater na criança. E logo depois, chega a agredir o menino no rosto.
A filmagem mostra também a babá comendo o alimento da criança e usando a mesma colher para dar comida ao bebê. Em outro trecho da gravação, a suspeita dá um tapa na mão do garoto. Durante o banho, ela também bate na criança. E de novo ameaça bater enquanto troca a fralda. A mulher também põe o bebê para dormir no chão da sala e o deixa sozinho por mais de uma hora. Em outro momento, enquanto troca a roupa da criança, ela a joga com violência na cama.
"Eu não queria acreditar. Ainda consegui ficar... buscar dentro de mim uma força para não transparecer para ela [babá] que eu já estava sabendo de tudo. Eu demiti ela como se estivesse tudo bem, não desse certo", afimou a mãe da criança.
A polícia informou que a babá já foi localizada e ouvida na delegacia. Ela foi liberada porque não cabia flagrante. "Ela confessou a prática desse crime de maus-tratos alegando uma situação que ela estava sofrendo um abalo psicológico, em decorrência de uma doença sofrida pela mãe. A gente vai fazer ainda uma análise melhor dessas imagens para ver se a gente não mensura a possibilidade de um tipo penal de tortura", explicou o delegado Fabrício Alencar, que está respondendo pela Delegacia de Cruz das Almas temporariamente.
De acordo com a polícia, se for confirmado o crime de tortura, a pena é de até quatro anos de prisão. Já se o crime for de maus-tratos, a pena é de até um ano ou pagamento de multa.
Fonte: G1 BA
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