"Nada ficou no lugar, eu quero quebrar essas xícaras, eu vou enganar o diabo, eu quero acordar sua família. Eu vou escrever no seu muro e violentar o seu rosto...", são com os versos da canção "Mentiras", sucesso na voz da Cantora Adriana Calcanhoto, que ponho em discussão um problema muito recorrente na vida das mulheres: a tensão pré-menstrual (TPM). É verdade que não é fácil aguentar alguém com alterações de humor, grandes doses de carência e irritação excessiva. A vontade de muitos homens é brigar, dormir na casa dos pais, na primeira pousada que encontrar ou simplesmente fugir. Mas, antes de condenar as pobres mulheres, que tal se colocar no lugar delas? São cólicas, dores, desconfortos, muitas vezes combinados com um longo dia de trabalho, criança para cuidar, roupa para lavar e jantar na mesa para família, sim, porque essa é a realidade da maioria das brasileiras. A empregada uniformizada pronta para obedecer aos comandos da patroa são para poucas, em grande parte uma realidade apenas nas novelas. A mulher brasileira tem de ralar mesmo, não tem jeito.
Danilo Bianchini Höfling é médico endocrinologista da Clínica Oryon e atenta que, embora a estimativa da frequência varie muito entre os vários estudos, acredita-se que a TPM acometa, aproximadamente 40% das mulheres com ciclos menstruais regulares. Um número relevante, mas que nem por isso deve passar a ser uma ameaça aos relacionamentos.
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Segundo Margarida Antunes Chagas, psicóloga na "Clínica de psicologia" , mulheres têm alterações de humor tão radicais porque no período pré-menstrual existe uma queda no nível de serotonina. A substância age diretamente no humor, mais especificamente na felicidade. Desta forma, alguns dias antes de menstruar ela está mais triste, desanimada e, consequentemente, os pensamentos perturbadores entram em ação. "Problemas de ordem amorosa, financeira e relações afetivas tendem a ser superdimensionados e, por isso, os comportamentos irritadiços e agressivos aumentam", explica a psicóloga.
Membro da (SGORJ) - Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, doutora Viviane Monteiro ressalta que os sintomas emocionais, causados pelas alterações hormonais e transmissores químicos no cérebro (que controlam os impulsos nervosos do apetite sexual e da agressividade), associados a fatores externos como preocupações no ambiente profissional, em casa, no sexo e na vida social, acabam afetando a vida da mulher e o meio em que vivem. "É importante ressaltar que nem tudo é provocado pela TPM; A mulher tem consciência do que faz e precisa aprender a controlar-se. Por isso, é fundamental o autoconhecimento: saber diferenciar o que é efeito da TPM ou não e determinar o tratamento adequado", aponta a médica. Ela também ressalta que, em virtude das mulheres se encontrarem em estado de sensibilização emocional, os companheiros devem ser mais compreensivos que o normal e evitar conflitos que possam ser evitados. Mas, de que forma?
Abaixo, nossos especialistas listaram cinco opções do que fazer para lidar com a situação e mais cinco do que não fazer (que acabam piorando as coisas). Afinal, a harmonia deve ser sempre colocada em primeiro lugar. Preserve seu relacionamento, seu compromisso e fique feliz. Veja o que fazer e o que não fazer para sua companheira durante este momento difícil.
O que fazer?
1 - Enfrente com tranquilidade e bom humor;
2 - Alugue filmes de amor;
3- Faça uma comidinha gostosa para ela;
4 - Chame-a para rever fotos antigas de momentos felizes;
5 - Diga que entende o que ela está sentindo e ofereça seu abraço.
O que não fazer?
1 - Nunca diga que ela está de TPM;
2 - Evite discutir a relação;
3 - Não marque viagens, passeios e derivados. Você pode desperdiçar o momento;
4 - Não levante assuntos como dificuldade financeira e afins;
5 - Não tente incentivá-la a fazer academia, corridas matinais ou mudar a alimentação. Isso não passará em branco.
Fonte: Yahoo
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