Garoto de Abadia de Goiás passa por outra cirurgia em 26 de novembro. Ele tem seis dedos em cada mão e tinha sete em cada pé, totalizando 26.
O menino Victor Soares Silva, de 8 anos, operou um dos pés na segunda-feira (22), em Goiânia. O garoto tem polidactilia - alteração genética que causa aumento na quantidade de dedos nas mãos ou nos pés - e, por causa da anomalia, tem seis dedos em cada mão e tinha sete dedos em cada pé, totalizando 26. Com a cirurgia realizada no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), o garoto passa agora a ter cinco dedos no pé esquerdo. Porém, ele terá de esperar para realizar seu sonho de jogar bola. “Está doendo um pouco, mas estou feliz. Daqui uns dias vou operar o outro pé para poder jogar bola”, afirmou Victor ao G1 na tarde desta terça-feira (23), por telefone. A bisavó dele, Francisca Rosa Soares, de 73 anos, contou que embora ainda esteja inchado por causa do procedimento cirúrgico, o pé o bisneto "ficou perfeito". “Estou muito feliz. A vida do Victor vai melhorar, com certeza. Ele já está fazendo planos”, contou Francisca. De acordo com ela, a cirurgia no pé direito ficou marcada para o dia 26 de novembro.
O sonho de Victor é jogar bola. Em entrevista ao G1 antes de ser operado, ele falou de sua vontade. “Quero muito tirar esses dedos que tenho a mais para jogar bola. Não sou jogador de linha. Só fico no gol porque não posso usar chuteira, mas quero jogar de atacante, nas laterais direita e esquerda”, afirmou, explicando que brincava usando chinelo ou descalço. Victor recebeu alta médica no Crer na tarde desta terça-feira. De acordo com o diretor técnico da unidade, doutor João Alírio, a cirurgia ocorreu sem nenhum problema. Contudo, o garoto ainda terá de esperar para poder concretizar seu sonho. "A recuperação varia de pessoa para pessoa, mas no caso dele o repouso é em torno de seis semanas para cada pé. Porém, para jogar bola ele ainda vai ter de esperar de 70 a 90 dias depois que operar o segundo pé", afirma Alírio.
A cirurgia de Victor estava prevista para acontecer no dia 1º de outubro, mas foi reagendada porque, segundo a família, ele apresentava sintomas da gripe. No dia, Victor chorou ao deixar o centro de saúde.
De acordo com a bisavó, Francisca Rosa Soares, de 73 anos, o caso de Victor é único na família. Desde que o menino tinha 1 ano, ela tentava conseguir uma cirurgia para ele. Mesmo assim, ela autorizou que o menino fosse submetido à cirurgia somente nos pés, pois acredita que a anomalia das mãos não vai prejudicá-lo futuramente. Porém, não é assim que o garoto entende. “Não gosto desses dedos [da mão] porque é ruim para colocar luva e goleiro, fica engastalhando e tenho que colocar dois dedos em um lugar só”, reclama Victor.
Fonte: G1
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