Dez dias depois de ser afastado das funções pela Secretaria Municipal de Saúde, sob acusação de degolar o feto de uma adolescente de 17 anos, grávida de cinco meses, no Hospital de Iramaia, o médico boliviano Humberto Sivila prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Itiruçu. Acompanhado de advogado, Sivila disse ao delegado André Oliveira Lima, em depoimento prestado na quinta-feira (8), o aborto foi espontâneo e que o feto teria sido envolvido pelo cordão umbilical. O médico afirmou que se afastou do município de Iramaia ao temer represálias da comunidade e de familiares da adolescente, que moram no assentamento Boa Sorte. Sivila acrescentou ainda que seu carro fora apedrejado, mas não identificou os autores.
O procurador jurídico da Prefeitura, Pablo Picasso Silva Dias, disse que as denúncias são apuradas em sindicância interna. O inquérito policial, por sua vez, deve ser concluído até o dia 20 e remetido à Justiça. A suposta imperícia médica teria ocorrido em 19 de novembro, quando o acusado, de acordo com a mãe da paciente, Edileusa Silva Teixeira teria usado uma tesoura para degolar a criança, na tentativa de realizar o parto.
(Bahia Notícias)
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