segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quem cuida da criança que ainda nem veio ao mundo


As entidades de proteção à criança, as autoridades públicas, os políticos, e também para parte da sociedade, mulher grávida que vive na rua, em condições subumanas, é apenas mais uma na estatística da miserabilidade, resultado, quem sabe, do desajustamento familiar. Esse é o senso comum. Se houvesse uma compreensão da gravidade deste grave problema, e de suas consequências futuras para a sociedade, os responsáveis pela execução de política públicas de assistência à gestante em situação de risco imediatamente tomariam providências, recolhendo, amparando e possibilitando a essas mães condições de trazer ao mundo um filho saudável.

Uma reportagem publicada na edição de hoje de Jornal da Manhã retrata a “vida de cão” de uma gestante de 34 anos. Viciada e com passagens pela cadeia, ela mora com o namorado na praça Barão de Guaraúna onde disputam espaços com outros andarilhos. A situação é vexatória. A higiene é feita de vez em quando, como ela revela, e acompanhamento da gravidez não é prioridade, mesmo porque os programas desenvolvidos na cidade não conseguem atingir o público na qual ela está inserida. São falhos e limitados.
Dentro deste contexto, é importante chamar a atenção das entidades que defendem os direitos das crianças e adolescentes que o filho que essa mulher espera tem que receber e assistência médica adequada. O Conselho Tutelar e o Conselho Municipal de Defesa das Crianças e Adolescentes não podem continuar omissos. Se essa mulher vive na praça, com o filho, é porque essas duas entidades estão falhando no desempenho de suas funções.
Não se trata de um caso isolado. Na cidade, nos mais diferentes bairros, há uma legião de mulheres em situação semelhante a esta que vive na praça. Muitas são adolescentes, que ingerem álcool e consomem drogas, destruindo a vida do filho e tirando deles a possibilidade de nascer e de ter uma saudável. Os direitos das crianças obrigatoriamente devem ser respeitados, por todos, inclusive por essas entidades que existem justamente para protegê-los.
Fonte: www.jmnews.com.br

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