A família de Cassiano Bier Ghion, de 42 anos, preso na noite desta terça-feira (20) por suspeita de tentativa de roubo na Zona Norte de São Paulo, disse que ele mentiu ao dizer ser professor universitário. A informação foi dada por ele na delegacia ao ser preso. Entretanto, a família, que é do Rio Grande do Sul, afirmou que ele é caminhoneiro e eletricista. O crime aconteceu por volta das 18h30, na Rua Voluntários da Pátria. Segundo o delegado Wagner Camargo Gouveia, da 4ª Delegacia Seccional, o homem é usuário de drogas e usou um caco de vidro para tentar levar a bolsa de uma mulher. Segundo Gouveia, o preso contou na delegacia que ganhava bem como professor de computação em universidades, mas acabou viciado em crack.
A vítima não ficou ferida. O homem foi preso em flagrante e vai responder por roubo. Se condenado, pode pegar de quatro a dez anos de reclusão.Ghion não tinha passagem anterior pela polícia. Em depoimento logo após a prisão, ele falou sobre o vício. “Sete dias sem comer, sem dormir, me encontro pela primeira vez na vida dentro de uma delegacia, preso por roubo, por vontade de usar mais, porque meu dinheiro tinha acabado”, afirmou. “Eu nunca fui bandido, condeno as atitudes, mas a droga me tornou um ser praticamente irracional."
Tratamento
O crack é a droga mais presente no estado de São Paulo. Para combater o problema, na capital paulista há 22 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que oferecem ajuda aos dependentes químicos. O trabalho exige paciência – 80% dos usuários atendidos abandonam o tratamento.
No início de dezembro, o Ministério da Saúde anunciou um pacote de investimentos de R$ 4 bilhões para enfrentar o aumento do consumo da droga. A medida quer também que os dependentes sejam internados quando não tiverem condições de tomar esse tipo de decisão.
Os CAPs funcionam de segunda a sexta, das 7h às 17h. Os endereços das unidades podem ser encontrados no site da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: G1
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