terça-feira, 11 de outubro de 2011

Senador que defendeu uso de chicote nas prisões diz que foi mal-interpretado

Cassol alega que imprensa citou declaração “fora de contexto” e diz ter apoio popular
O senador Reditario Cassol (PP-RO), que defendeu o uso de chicote para castigar presidiários que se recusem a trabalhar, afirmou nesta terça-feira (11) que o povo brasileiro apoia um projeto seu que restringe direitos concedidos a detentos. O parlamentar disse que tem recebido “milhares de manifestações de apoio” nas ruas, por telefone e pela internet. 
Ao falar de sua polêmica frase sobre o uso de chicote nas prisões, o senador alegou que os meios de comunicação usaram suas declarações “fora de contexto”. Segundo ele, parte da imprensa afirmou que ele defendeu “volta do chicote” e chegou a publicar “fotos de presos sendo chicoteados”. 

- Em nenhum momento, defendi a volta do chicote. Só expliquei como que fiz parte disso, em subdelegacias e em distritos, como subdelegado. Naquela época, todas as delegacias, os policiais, usavam chicote também. Agora, a imprensa divulgou que eu estava querendo que voltasse o chicote, ainda mostrando em fotografia [alguém] amarrando preso em árvore e o policial metendo chicotada.

Cassol apresentou no Senado o projeto de lei 542/2011,cujo objetivo é revogar vários benefícios hoje concedidos a criminosos. Entre outras medidas, o parlamentar propõe aumento dos prazos para progressão de regime, fim das saídas temporárias para condenados por crimes hediondos e a extinção do auxílio-reclusão.
Além disso, sugere a construção de novos presídios em parceria com a iniciativa privada, com previsão de trabalho para os presos. Em sua opinião, “a pessoa condenada por crime grave deve sustentar a família com trabalho na prisão”. 

O parlamentar também criticou a postura de defensores dos direitos humanos, que segundo ele se preocupam mais com os criminosos que com as vítimas.

- A violência tem destruído lares e famílias. Os índices de violências têm crescido de forma assustadora. Nossa sociedade sofre de uma chaga: a criminalidade. Precisamos de leis mais rigorosas. Tenho fé que o Congresso vai apoiar as mudanças. 

O senador fez hoje seu último discurso em plenário. Ele é suplente de seu filho, o senador Ivo Cassol (PP-RO). De acordo com o gabinete do senador, Ivo Cassol deve voltar ao Congresso em meados de novembro.
Fonte: R7

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