A mãe teria doado o bebê logo após o parto. “Eu quero minha filha de volta”, disse o pai.
Um pai briga na Justiça para ter de volta a filha retirada da família na maternidade em Poços de Caldas, no Sul de Minas. Segundo o marido, a mulher dele teria assinado um documento após o parto autorizando a doação do bebê, mas ele alega que a mulher estava sofrendo de depressão pós-parto. Nesta terça-feira (4), o pai procurou a Defensoria Pública para obter ajuda no caso.
“A minha mulher estava depressiva, e aí eles me informaram que ela tinha assinado um documento doando a criança sem minha ordem. Eu cheguei lá e falei, eu não vou doar a criança, eu não dei essa ordem”, reclama o garçom José Carlos Ferreira. “Em momento algum eu assinei documento nenhum, em momento nenhum eu autorizei. Eu quero minha filha de volta”, completou o pai. A mãe da criança não quis comentar o ocorrido.
De acordo com Ferreira, três dias depois do nascimento, a criança foi levada para a casa da avó paterna. Mas, após o final de semana, a Justiça tirou a recém-nascida da guarda da família.
A promotoria da Vara da Infância e da Juventude informou que um processo foi aberto para apurar o caso. Um inquérito policial vai apontar se houve ou não irregularidades na retirada do bebê da guarda dos pais. Por enquanto, a Justiça ainda não autorizou que a criança volte para casa da família, e por isso, o casal procurou a Defensoria Pública.
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“Tô tentando fazer valer o desejo dela [mãe do bebê] de permanecer com a criança. Foi uma precipitação, porque eu acho que teria que ter ouvido o pai e também acho forte retirar a criança de casa, onde já estava estabilizada”, explicou o defensor público Juarez da Silva Salles.
Ainda de acordo com o serviço social do fórum da cidade, quando a mãe demonstra interesse em entregar uma criança, ela assina um documento ainda no hospital, que é encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude. Depois disso, a mãe precisa ir até o fórum para confirmar essa doação.
Ainda de acordo com o serviço social do fórum da cidade, quando a mãe demonstra interesse em entregar uma criança, ela assina um documento ainda no hospital, que é encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude. Depois disso, a mãe precisa ir até o fórum para confirmar essa doação.
No caso do bebê, o fórum garante que esse procedimento foi feito e, por isso, a criança foi retirada da família. O processo corre em segredo de justiça e não foi informado onde está a menina. Como é importante a assinatura do pai para que seja feita a adoção, a criança vai ficar provisoriamente na casa de uma outra família, ou em um abrigo, até que a situação seja resolvida. Mas, nesta quarta-feira (5), ela não está na lista para ser adotada.
Fonte: G1
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