Foi inaugurada na última quarta-feira (11) a segunda edição da Cidade dos Direitos. O espaço de 4.200 m2 é integrado à programação da 9ª Conferência Nacional DCA (11 a 14 de julho). A Cidade se propõe a reproduzir de maneira interativa uma mini-cidade composta por áreas de convivência e expressão democrática, instituições, programas e equipamentos de promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. O principal objetivo é expandir o debate central da 9ª Conferência, demonstrando na prática as ações e interfaces do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) no marco do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente. A Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Silveira de Oliveira, ressaltou que a Cidade é um espaço complementar da 9ª Conferência na medida em que se torna um local de construção de propostas que privilegia a participação de meninos e meninas.
A presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), Miriam dos Santos, destacou que a Cidade dos Direitos é um ambiente no qual meninos e meninas devem ser acolhidos. Ela defendeu ainda, que a experiência seja espalhada para todos os municípios brasileiros. O adolescente alagoano Carmo Soares afirmou que os jovens podem e devem buscar o reconhecimento de seus direitos. “É emocionante participar deste processo e perceber que os nossos direitos começam, de fato, a ser respeitados”.
Alessandra Souza, integrante do G27, grupo de jovens que participaram de todas as etapas de mobilização da 9ª Conferência, chamou a atenção para a construção de novos espaços para a participação de meninos e meninas. “Antigamente não tínhamos a oportunidade de nos expressar. Hoje temos e precisamos utilizar esses espaços”, disse Alessandra. A adolescente também fez uma crítica a situação de vulnerabilidade a que muitas crianças continuam expostas. “Os adultos falam em prioridade absoluta, mas isso só fica no papel. Isso tem que mudar.”
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