Só faltou o Sport ajudar. Para voltar à elite do futebol brasileiro, o rubro-negro baiano precisava vencer o ASA de Arapiraca e torcer por tropeços de Bragantino e Sport. A missão dos baianos foi cumprida com perfeição. O Vitória derrotou o time alagoano por 2 a 1, no Estádio Coaracy Fonseca, porém não contava com o triunfo pernambucano sobre o Vila Nova, em Goiânia. O resultado positivo, fora de casa, deixou a equipe baiana na quinta posição da Série B, com 60 pontos, um a menos que o Leão da Ilha do Retiro.
Início ruim para o Vitória
Antes do jogo, a missão rubro-negra era muito complicada. Precisava vencer e torcer pelo tropeço de Sport e Bragantino. Quando a bola rolou o que já era de difícil acesso ficou ainda mais distante. A temida bola aérea, tormento do Vitória em boa parte da competição, mostrou a fragilidade do sistema defensivo, mais uma vez. Aos 2, após cobrança de escanteio, o zagueiro Leandro Cardoso antecipou ao goleiro Douglas e cabeceou para fazer o primeiro gol do jogo. Visivelmente nervosos em campo, os jogadores do Vitória pecavam pelos passes errados. Desse jeito, a única forma de assustar o time alagoano seria na mesma moeda: bola aérea. Aos 7, Fernandinho cobrou a falta na grande área e, de cabeça, o zagueiro Jean testou para o fundo do gol. No entanto, o auxiliar parou à jogada e marcou impedimento do defensor rubro-negro. O ASA, apesar do susto, estava disposto a dar uma canseira na retaguarda do Leão. Aos 13, o meia Raul arriscou de longe e a bola levou perigo à meta de Douglas. Susto quem levou mesmo foi o goleiro Gilson, aos 23 minutos. Rildo, que retornava após quase quatro meses de suspensão, aplicou um lindo corte em Toninho, porém, na hora do chute, pegou muito embaixo da bola e desperdiçou o que seria o empate do Vitória. A velocidade, principal característica alagoana, não foi suficiente para que o ASA pudesse controlar as ações do jogo. Com Gilberto e Geovanni mais participativos, o time baiano equilibrou rapidamente o duelo. Uma pane do sistema defensivo rubro-negro, por muito pouco, não comprometeu o que já estava difícil.
Goleiros resolvem aparecer
Aos 31, Fernandinho cochilou e entregou um presentão para Sérgio, que foi até a linha de fundo e cruzou na medida para Raul. Livre, dentro da pequena área, o camisa 10 cabeceou para baixo e viu uma defesa espetacular do goleiro Douglas, em cima da linha. Dois minutos depois outra vez o arqueiro do Vitória brilhou. Aos 33, a zaga cortou mal a falta e a bola parou nos pés de Leandro Cardoso, autor do gol. O volante driblou Douglas, mas, na hora de fazer o segundo, deu um peteleco e permitiu a grande recuperação do camisa 1. Uma defesa essencial. A sessão desperdício de gols mudou de lado. Aos 41, Rildo sofreu falta na entrada da grande área e encheu a torcida de esperança para uma eventual cobrança de Geovanni. De forma esperta, o Rildo cobrou rápido e Gilberto, sem marcação, mandou uma bomba para ótima intervenção de Gilson. Um primeiro tempo de tirar o fôlego.
Segundo tempo com atraso e virada do Vitória
O intervalo de jogo, determinado pelo regulamento para ser de 15 minutos, durou um pouco mais. Como uma forma de saber o resultado dos demais adversários, o Vitória atrasou o retorno ao gramado por quase 15 minutos. Se a volta para campo demorou não se pode dizer o mesmo do primeiro lance de ataque. Aos 3, Gilberto puxou o contra-ataque rápido e lançou Nino Paraíba, pela direita, que com precisão cruzou na medida para Rildo. Sozinho, o atacante rubro-negro cabeceou com estilo e tirou tinta do poste alagoano. Aos 9, Benazzi fez duas alterações e rapidamente elas deram resultado. Aos 11, após falha da zaga, Neto Baiano tocou para Marcelo, dentro da grande área, que dominou e chutou forte no poste direito. Na volta, a bola pegou no volante Jorginho e entrou lentamente. Empate rubro-negro e renovação das esperanças do Leão. Só dava Vitória. Aos 17, de novo a dupla Neto Baiano e Marcelo. De calcanhar, Neto rolou para o companheiro, de primeira, finalizar e forçar uma bela defesa de Gilson. Os minutos passavam e a pressão baiano só aumentava. Aos 22, Rildo arrancou pela esquerda e, mesmo sem ângulo, mandou emendou um foguete e acertou a trave. Aos 25, os guerreiros rubro-negros perderam um soldado. Charles Vágner recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O lance despertou o time da casa. Aos 26, Marielson cruzou rasteiro e Alexsandro, de leve, tocou rasteiro para o gol. Porém, há poucos centímetros da linha, Nino Paraíba apareceu e salvou o Vitória. Na sequência do lance, Sergio pegou a sobra e cruzou para Alexsandro, de cabeça, testar com muito perigo pela linha de fundo. E o ASA foi com tudo para cima. Aos 28, Sergio bateu forte e Douglas brilhou outra vez. No rebote, o goleiro, em chute de Alexsandro, desviou só para escanteio. Quem não faz toma. Aos 30, Neto Baiano ganhou a dividida com o zagueiro do ASA e só tocou na saída de Gilson. Vitória 2 a 1.
Sport vence e Vitória dá adeus ao sonho
No Serra Dourada, debaixo de muita chuva, o Sport venceu o Vila Nova. Com isso, mesmo vencendo, o time baiano não conseguiria chegar ao tão sonhado acesso. A notícia abalou o Vitória. Aos 38, Reinaldo Alagoano recebeu dentro da grande área e mandou uma bomba para, mais uma, espetacular defesa de Douglas. Aos 46, o destaque da partida apareceu novamente. Reinaldo Alagoano testou com estilo e Douglas operou um milagre.
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