O tio da menina de 1 ano e 6 meses encontrada no Parque Cascavel, no Jardim Atlântico, em Goiânia, vítima de abuso sexual, disse, em entrevista ao G1, que teme por suas crianças: "Para mim, o alvo era um dos meus filhos". O servente de pedreiro de 32 anos acredita que o crime, ocorrido na madrugada de domingo (19), tenha sido premeditado. Ele diz que está assustado e espera que a polícia encontre logo o criminoso. "Um cara desses tem que ser preso, não pode ficar solto, para não fazer isso com outra criança", disse. "Com certeza, quem fez isso é uma pessoa que estava observando a nossa casa, sabia que tinha criança, a hora que a gente ia deitar", afirmou.
Além da bebê violentada, moravam na casa, no Jardim Atlântico, três crianças. O servente é pai de duas delas, uma menina de 2 anos e 8 meses e um menino de 7 anos, e padrasto de uma garota também de 7 anos. "Pegaram a primeira [criança] que encontraram", justifica.
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Por causa da violência contra a sobrinha, ele disse que faltou ao trabalho para cuidar dos filhos, pois a mulher se reveza entre o Hospital Materno Infantil (HMI), onde a bebê está internada, e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso. O tio se diz muito assustado: "Meus filhos estão ficando dentro de casa. Não deixo sair nem para o quintal". Único homem da casa, o tio chegou a ser apontado como suspeito, mas a hipótese foi descartada pela Polícia Civil. Foi ele quem socorreu a criança no Parque Cascavel, próximo ao local onde moram, e levou para o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Novo Horizonte.
A polícia tem um novo suspeito, mas preferiu não dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.
Parque Cascavel, onde menina foi encontrada
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Desaparecimento
Segundo a família, na madrugada de domingo, a bebê de 1 ano dormia na cama com avó e a mãe. Por volta de 1h40, a avó acordou e viu um vulto no quarto. Quando acendeu a luz, deu falta da criança. A avó, então, teria acordado o tio, que dormia em outro quarto com a mulher e a filha de 2 anos. O servente disse que se levantou, foi até a rua e não encontrou ninguém. A família acionou a Polícia Militar (PM), pois acreditava se tratar de um sequestro. Quando amanheceu, sem saber o paradeiro da menina, o tio foi até o posto da Guarda Municipal, no Parque Cascavel, para pedir ajuda nas buscas. Segundo ele, enquanto ele mostrava a foto da bebê ao segurança do local, uma mulher chegou para avisar que uma criança havia sido avistada por um senhor que fazia caminhada no parque.
De acordo com o servente, ele e o guarda municipal acompanharam a mulher até o lugar onde a menina estava. "Quando eu cheguei lá, vi que era ela, sem roupa, molinha e com muito frio. Me deu um nó na garganta. Minha única reação foi tirar a camisa para cobrir ela e correr para o Cais [Centro de Assistência Integral à Saúde]", relatou.
Com escoriações e hematomas por todo o corpo, a criança foi transferida do Cais para o HMI. Exames comprovaram o abuso sexual. Segundo o médico Francisco Azeredo, diretor-geral do hospital, a bebê passou por exames e não corre risco de morte. "Ela deve ficar internada por mais um ou dois dias", afirmou.
Fonte: G1 SP
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