A polícia prendeu cinco suspeitos de praticarem os ataques de vandalismo que queimaram quatro ônibus em Porto Seguro, cidade na região sul da Bahia, nesta quarta-feira (30). Um deles foi encontrado em um hospital da cidade com queimaduras pelo corpo.
O balanço foi informado pelo secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, pelo delegado chefe da Polícia Civil, Hélio Jorge, e pelo subcoronel da Polícia Militar, Carlos Eleutério, no fim da tarde. A polícia deve divulgar a identidade dos detidos na manhã de quinta-feira (1°). De acordo com eles, os ataques foram ordenados por um dos traficantes mais perigosos da região. Cem oficiais das Polícias Civil, Militar e Federal foram deslocados de cidades vizinhas como Eunápolis e Cabrália para completar o efetivo, tentar prender outros suspeitos e restabelecer a ordem pública em Porto Seguro.
Os ataques começaram durante a manhã e, por volta das 19h, o clima da cidade começava a voltar ao normal. Quatro ônibus foram totalmente queimados e outros dois apedrejados, de acordo com a Polícia Civil e com o Corpo de Bombeiros. A polícia relatou ainda que os criminosos tentaram incendiar uma escola, mas não conseguiram efetivar a ação.
Durante a coletiva, as fontes policiais reafirmaram que o grupo de traficantes se rebelou por conta da morte de um dos integrantes, que tinha 33 anos, no domingo (27) à noite, após ele ter prestado depoimento na delegacia sobre a fuga de um detento, suposto comparsa, que resultou na morte de um policial militar, caso ocorrido no sábado (26).
O leitor Pedro Guilherme chegava em casa para almoçar por volta das 12h30 quando avistou uma fumaça preta precedida por forte cheiro de queimado. Guardou o carro na garagem, pegou o aparelho celular e dobrou a esquina para ver o que tinha acontecido. Ele assustou-se com a imagem de um ônibus incendiado, um dos quatro atingidos pelos atos de vandalismo que atingiram Porto Seguro, cidade na região sul da Bahia, nesta quarta-feira (30).
“Fiquei muito impressionado. As pessoas ficaram todas dentro de casa, com medo, não saíam nem para ver o ônibus pegando fogo na rua. Foi então que descobri o que estava acontecendo. Foi quando me contaram dos ataques em toda a cidade”, conta.
Técnico em contabilidade, ele precisou retornar ao trabalho depois do almoço. Mas diz que as ruas ficaram vazias. “Virou uma cidade fantasma aqui. Todo mundo correu para suas casas, o comércio fechou as postas, parecia feriado. A gente, lá no escritório, trabalhou porque era final de mês. Mas passamos o dia inteiro com as portas fechadas e sem atender telefonemas”, afirma.
No começo da noite, a polícia baiana informou ter prendido cinco suspeitos de praticarem os ataques. O grupo, disseram os agentes de segurança pública, se rebelou por conta da morte de um dos integrantes, que tinha 33 anos, no domingo (27) à noite.
Fonte: G1 BA
Fonte: G1 BA
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