Nove policiais militares que participaram da operação que resultou na morte de um menino de 10 anos, em Salvador, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia, nesta sexta-feira (14), por crime doloso triplamente qualificado. De acordo com o Ministério Público, as qualificações são: motivo torpe, oferecendo perigo comum e impossibilitando a defesa da vítima. O menino morreu depois de ser baleado no rosto, dentro de casa, no dia 22 de novembro do ano passado. Segundo a Polícia Militar, Joel da Conceição Santos foi atingido por uma bala perdida durante troca de tiros entre policiais supostos traficantes. Parentes da vítima, entretanto, reclamaram que não houve tiroteio.Foram denunciados à Justiça o soldado autor do disparo que atingiu a criança, o tenente que comandou a operação e outros sete policiais. Segundo a denúncia dos promotores, o soldado que atirou teria se posicionado em um barranco em frente à casa da vítima e atirado em direção à janela. Ainda de acordo com o processo, o menino poderia ser visto porque o cômodo estava iluminado. Joel era um garoto esperto, que adorava capoeira. Ele participou de um vídeo que fazia parte de uma campanha para divulgar o verão na Bahia.De acordo com o Ministério Público, não foram encontradas provas de que os policiais estavam em confronto com criminosos.A Polícia Militar informou, nesta sexta-feira, que as equipes que tinham envolvimento no caso continuam afastadas das ruas e trabalham no setor administrativo. A PM também abriu um inquérito para investigar o caso, mas ele ainda não foi concluído.
Do G1, em São Paulo
Conselho Tutelar de Itapetinga
Em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes
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