Garota de 11 anos participava de torneio de natação quando desapareceu.
MP-BA aponta negligência no socorro à vítima pelos professores militares.
Aluna do Colégio da Polícia Militar que morreu na piscina (Foto: Reprodução/TV Bahia) |
Quatro policiais militares, dois homens e duas mulheres, foram denunciados por homicídio culposo caracterizado por omissão no caso da morte de uma menina de 11 anos, durante umacompetição de natação, ocorrida no dia 4 de novembro de 2009, segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA). A acusação feita à Justiça teve por base o inquérito policial e foi divulgada nesta sexta-feira (11). A morte ocorreu no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, em Salvador, durante uma competição de natação entre os alunos do Colégio da Polícia Militar. De acordo com a investigação, a adolescente estava presente na abertura da competição e sumiu logo após o início da prova. Neste momento, a aluna que estava na raia ao lado, ao perceber que a colega desapareceu, informou o fato para dois dos quatro policiais denunciados, que teriam "ignorado a informação", dando seguimento à prova. O inquérito policial indica que as buscas pela garota só começaram quando todos os alunos retornaram do clube ao colégio. No entanto, a colega que estava ao lado da vítima na piscina voltou ao clube para procurá-la e achou a mochila abandonada na área da competição, fato que teria marcado o início das buscas.
Segundo o MP-BA, ninguém viu a garota sair da piscina. O corpo da vítima foi encontrado na manhã do dia seguinte boiando dentro da piscina. Ainda não há informação sobre como a garota morreu.
Em sua denúncia, o MP-BA aponta a inexistência de médicos, paramédicos ou socorristas com ambulância acompanhando a prova e afirma que não teve um aquecimento inadequado dos alunos antes da queda na água. O promotor considera "lastimável", principalmente, o fato do desaparecimento da garota não ter sido percebido e, além disso, nenhum órgão de socorro, como os bombeiros, ter sido acionado.Diante dos fatos, o promotor de Justiça que assina a denúncia, Luiz Augusto de Santana, avalia que não houve "zelo" em um evento "cercado de riscos". Entre os exemplos, destacou que não houve autorização dos pais no ato da inscrição para a participação na prova e nem comprovação de que os alunos sabiam nadar. O promotor afirma que a menina de 11 anos que morreu era uma das que não sabiam nadar.
A Polícia Militar informa que apurou o fato na ocasião do inquérito e, agora, aguarda a decisão da Justiça.
Fonte: G1 BA
Nenhum comentário:
Postar um comentário