Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Direito Rio e da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta problemas nos concursos públicos federais. Entre eles, provas que não avaliam as experiências e o conhecimento do candidato e má gestão. As duas instituições propõem mudanças no processo de recrutamento para o serviço público. O estudo mostra que o concurso tem perdido a principal finalidade para o qual foi criado, que é selecionar um profissional adequado para cargo na administração pública. “O concurso no Brasil tem cada vez mais se tornado um fim em si mesmo. Seleciona as pessoas que têm mais aptidão para fazer prova de concurso. Temos uma ineficiência de fiscalização de competências reais. Além disso, apesar de existirem mecanismos que possibilitam a demissão, como o estágio probatório, eles quase não são utilizados.
Os concursos hoje alimentam um mercado milionário”, avaliou o coordenador da pesquisa e professor da FGV Direito Rio, Fernando Fontainha. O estudo propõe medidas, como o fim das provas objetivas (múltipla escolha) e implantação do uso de questões escritas discursivas que abordem situações reais a serem vivenciadas pelos futuros contratados. (Agência Brasil)
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