Número é menor que em 2011, quando foram contabilizadas 113 situações. Segundo delegada, quantidade de ocorrências ainda é alarmante.
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Jovem ficou com a roupa suja de sangue após ser agredida (Foto: Reprodução/TV Bahia)
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Até agosto de 2012 foram registrados 48 casos de agressão envolvendo adolescentes em escolas públicas e particulares de Salvador, segundo estatística da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). O número é menor que o registrado no mesmo período de 2011, quando foram contabilizadas 113 situações do mesmo tipo. De acordo com a delegada titular da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), Claudenice Mayo, a redução no número de ocorrências em relação a 2011 se deve às greves da Polícia Militar e dos professores, que afetaram a realização das aulas. "Isso aconteceu por causa da greve tanto dos professores, quanto dos policiais militares. As aulas só recomeçaram agora. Os números ainda são muito altos tendo em vista que não houve paralisação em 2011", afirma. O último caso de agressão aconteceu no dia 11 de setembro, quando uma jovem de 17 anos ficou ferida no antebraço após a briga com uma colega no Colégio Estadual David Mendes Pereira, em Colinas de Pituaçu, na capital baiana.
De acordo com a polícia, após uma discussão entre as adolescentes, a agressora invadiu a cantina do colégio, pegou uma faca e cortou o braço da vítima, que também foi atingida por um soco no olho. De acordo com a SSP-BA, também foram registrados até agosto deste ano nove casos de porte de arma branca, como facas e machados, e um de arma de fogo. Entre as 113 ocorrências contabilizadas em 2012, também houve duas tentativas de homicídio e três usos de drogas. Em 2011 foram registrados 269 atos infracionais até agosto. A delegada observa que os casos são mais alarmantes por terem acontecido dentro de escolas. "Isso preocupa por serem ocorrências de dentro de um estabelecimento de ensino que está ali para tentar modificar o comportamento. É um lugar para estudar, formar cidadadãos", diz Claudenice, que acredita também que ações de prevenção são necessárias para que haja redução no número de ocorrências envolvendo adolescentes.
"A pevenção deve partir das escolas, das famílias e da comunidade. A escola deve promover esporte, lazer, se modernizar. Falta muito esse tipo de ação", diz a delegada.
Uma das saídas encontradas para diminuir o número de ocorrências nas escolas é a ação da Ronda Escolar. Em 2009, a Polícia Militar firmou convênio com a Secretaria de Educação e passou a centralizar o atendimento de políciais dentro das unidades de ensino. A ação consiste na circulação das viaturas no entorno das escolas e no atendimento aos chamados das unidades, além de outras atividades de prevenção.
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