sábado, 13 de junho de 2020

Trabalho infantil deixa 2,4 milhões com infâncias ceifadas no Brasil


A consultora da plataforma Cada Criança Marcele Frossard e a coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellandra, escreveram artigo sobre o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil em que denunciam a falta de transparência na divulgação dos dados sobre trabalho infantil no Brasil. Os dados gerais mais recentes são de 2016, o que prejudica a implementação de políticas públicas de combate ao trabalho infantil.
"Os dados sobre trabalho infantil no Brasil são mensurados a partir do Censo Demográfico – o último foi realizado em 2010 – e da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD), – a última que inclui esses dados foi realizada em 2015 e publicada em 2016. Em 2016, a PNAD passou por modificações metodológicas que comprometeram a mensuração de trabalho infantil. Segundo o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, a mudança metodológica deixou de considerar as crianças e adolescentes que trabalham na produção para o próprio consumo, excluindo da apresentação dos dados sobre trabalho infantil 716 mil crianças e adolescentes nessa situação. Nessa ocupação, há uma maior incidência de trabalho infantil abaixo de 13 anos. No que se refere a políticas públicas, estas crianças e adolescentes ficarão excluídas das ações e programas de prevenção e erradicação do trabalho infantil", relatam as autoras.
"Recentemente, começamos a buscar dados sobre trabalho infantil com o objetivo de informar atores municipais e estaduais sobre a situação de suas localidades. E a situação é preocupante".

Clique aqui e leia o artigo publicado no Le Monde Diplomatique em 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

O FNPETI é parceiro temático da plataforma Cada Criança.

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