O Conselho Tutelar da zona Leste de Teresina recebeu a denúncia de que uma mulher, identificada como Ana Célia, estaria usando os dois filhos, um de 9 e um de 7 em rituais macabros.
Após tentarem conversar com a acusada, sem sucesso, o conselheiro tutelar Djan Moreira acionou a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Vara da Infância e da Juventude. Com um mandado de busca e apreensão, as equipes se dirigiram até o local, na rua Capitão Vanderlei, bairro Satélite.
O oficial de justiça e os policiais bateram na porta e chamara Ana Célia, mas ela não atendeu. Os bombeiros tiveram que utilizar uma motosserra para arrombar a porta. Na casa estavam a acusada, o padastro das crianças e os dois meninos.
As crianças estavam em um quarto, totalmente despidas, molhadas e com o ar condicionado ligado. Ao lado da cama os policiais encontraram uma faca, uma garrafa de água e uma jarra vazia. Foram encontradas também várias imagens sagradas espalhadas pela casa.
Durante o dia, Ana Célia havia falado para a polícia que não abriria a porta porque tinha uma missão a cumprir e pediu que as equipes retornassem no dia seguinte. Durante a abordagem que aconteceu quase à meia-noite, ela declamou algumas orações, mas não explicou o motivo de ter mantido as crianças presas em casa por três dias.
Segundo o conselheiro Djan Moreira, nesse período, os meninos deixaram de ir à escola e não se alimentaram direito. Após serem retirados da casa da mãe, eles foram encaminhados para um abrigo em Teresina. O local não foi divulgado por questões de segurança.
As crianças passam por acompanhamento psicológico. "Fisicamente não foram encontradas marcas ou hematomas no corpo, que evidenciassem algum tipo de agressão", completou Djan.
O casal poderá responder criminalmente por negligência e cárcere privado. A decisão fica por conta da juíza da Infância e da Juventude, Maria Luiza, que começará a analisar o caso na segunda-feira.
cidadeverde.com
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