terça-feira, 23 de maio de 2017

Seminário discutiu violência contra infância, juventude e LGBT

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Aconteceu nos dias 16 e 17 de maio, o 1ºSeminário de Combate à Homofobia, Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: uma questão de direitos humanos, no campus da Uesb, em Itapetinga. O evento, promovido pelo Conselho Tutelar do município, em parceria com o Movimento LGBTQI e com Colegiado de Pedagogia, teve por objetivo suscitar reflexões acerca das várias formas de violência que recaem sobre o seguimento LGBTIQ e sobre a infância e adolescência, além de provocar discussões referentes ao quadro generalizado das violações dos direitos humanos no Brasil.
A primeira palestra do evento foi ministrada pelo professor Fabio Felix que discutiu sobre o desrespeito aos direitos fundamentais e humanos no país. O professor também destacou o papel da Universidade para enfretamento de tal realidade. “A Universidade pode e deve, mediante um trabalho de articulação com as demais instituições sejam publicas, movimentos sociais, entidades representantes da sociedade civil, conduzir esse debate e compreender o porquê das violações e principalmente discutir, mediante essa articulação social, as possibilidades concretas de políticas públicas de enfrentamento desse quadro”, argumentou Felix.
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Para Luciano Di Maria, presidente da frente LGBTQI em Itapetinga, é muito relevante que aconteça no espaço acadêmico debates a respeito desses temas, afinal a Universidade é o local de produção de conhecimento e quebra de estereótipos e paradigmas. “Atualmente, falar em diversidade, falar em LGBTfobia, é falar da dignidade da pessoa humana. Na verdade, quando a gente traz esse tema em questão, a gente não vem falar de homossexualidade, a gente vem falar da violência física e verbal, entre outras, contra as pessoas que se designam LGBTs, as Lesbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Segundo a Constituição Brasileira de 1988 todos são iguais perante a lei. Não é concebível que pessoas sejam mortas pela sua condição de vida, qualquer que seja ela, em nosso país” salientou.
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Caroline Pereira Regis, aluna do 7º semestre do Curso de Pedagogia, frisou a importância de tratar sobre o tema da homofobia na Universidade para sua formação enquanto futura pedagoga e também para a conscientização e ruptura do preconceito na sociedade. “Eu acho que esse é um momento de construção, reflexão e acima de tudo um momento para a gente analisar as nossas atitudes, o que a escola e a sociedade têm feito em prol de combater essa violência. Eu creio que é um movimento que deveria ser expandido, não apenas aqui na Universidade, mas em todos os outros setores da sociedade, para que a violência e a questão do preconceito possam ser combatidas e para que possamos conviver melhor uns com os outros porque somos todos humanos”, afirmou.
Para o Secretário Municipal de Educação de Itapetinga, Geral Trindade, o Seminário é uma oportunidade de formação complementar para os professores da rede de ensino da cidade e uma forma da Uesb se aproximar ainda mais da sociedade itapetinguense. “Esses problemas acontecem na vida real, dentro da família, na sociedade como um todo. Então tem que ser discutido sim na Universidade e na escola. Então, é importante que a Uesb saia dos seus muros e se integre a nossa sociedade e demonstre que ela está aqui para participar do dia a dia, interferir positivamente nas questões de importância para a sociedade”, destacou.
Para o coordenador do Conselho Tutelar do município, Clébio Lemos, o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes deveria ser lembrado todos os dias. “O nosso país tem uma estimativa de 320 crianças violentadas por dia”, informou.
O conselheiro revelou que a situação das crianças e adolescentes em Itapetinga é preocupante: “Nós tivemos, em 2016, 19 casos de abuso e três de exploração sexual de crianças e adolescentes”. Clébio apontou que a cidade precisa de mecanismos para mudar essa realidade. “As pessoas têm medo de denunciar, especialmente os casos de exploração”, contou. Ainda segundo ele, as crianças dos bairros periféricos são as principais vítimas desse tipo de crime.
Para denunciar violações contra os direitos dos menores, a população de Itapetinga pode ligar para o Conselho Tutelar (3261-3604), enviar e-mail para ct.itapetinga05@hotmail.com, comparecer presencialmente ou enviar correspondência para o órgão, que está localizado na Rua Salvador, 247, no bairro Camacã.
Na quinta-feira, dia 18, onde foi realizada uma sessão na Câmera dos Vereadores de Itapetinga. 

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Assessoria de Comunicação
Por Valcelene Amorim
Fotos e ajustes: Clébio Lemos

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