sábado, 27 de outubro de 2012

O que fazer quando o filho briga na escola?

Patrícia Maldonado fala da dificuldade de explicar aos filhos qual é a melhor conduta a ser seguida
Getty Images
Se o filho de vocês está na escola, é bem provável que vocês já tenham enfrentado esse mal: a mordida de um amiguinho. Aconteceu com a Nina um dia desses e o fato me fez trabalhar com a minha paciência, maturidade e bom senso. Acho que poucas coisas na vida me fizeram pensar tanto em como agir como esse caso! Acho que tirei 10 em todos esses quesitos, embora os instintos mais primitivos tenham sido os primeiros a aparecerem dentro de mim, confesso! Fui buscar a Nina na escola, como faço todos os dias, e a professora me disse: "A Nina levou uma mordida de um amigo". Achei que não era nada demais até ver o bracinho da minha filha marcado, vermelho, a carinha de choro e escutar da professora o resto da história: "A Nina e o amigo brigavam por um brinquedo e o amigo reagiu mordendo. A Nina chorou muito não pela dor, mas porque ficou magoada com o amigo e passou a manhã perguntando por que ele mordeu, dizendo que sentiu dor e ficou triste, mas sem entender como um amigo fez isso!". Doeu meu coração. Minha vontade na hora era dizer pra ela revidar da próxima vez, de reclamar com a mãe dele, enfim... Respirei fundo e levei minha filha pra casa. Ao longo do dia, expliquei que nessas situaçōes o certo é explicar pro amigo que isso não é legal, que dói, que ela não gosta. Pedi a ela que nunca repita o que o amigo fez, que nós a colocamos na escola pra se divertir, para aprender, e não para brigar.
Pela carinha dela, estava tudo ainda muito confuso. O braço doía e ela não podia descontar? Deve ser difícil entender. Para a mãe da criança que morde também não deve ser fácil, tenho certeza. Mas acho que o mais difícil mesmo vai ser a Nina compreender porque aquele que ela vê todos os dias, que brinca com ela, decidiu machucá-la, sem dó! É, filha, é difícil entender e explicar. Mas o fato é que isso ainda vai acontecer outras muitas vezes na sua vida, infelizmente.

Um beijo,
Pati

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